sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Avaliação

Como vocês puderam perceber, eu me sinto muito angustiada com a inovação nas aulas de matemática. Felizmente não tenho a mesma preocupação com a avaliação! Eu acredito que existem várias formas de se avaliar bem alunos em disciplinas de matemática. O problema é que o número de alunos nas turmas torna isso inviável!


Durante a minha graduação tive professores muito ruins e muitos bons, mas acho que mesmo os bons não eram bons avaliadores... Já no mestrado e no doutorado as avaliações são sempre muito legais, há um diálogo entre o professor e os alunos e a gente sempre aprende quando está sendo avaliado. Seminários, exercícios resolvidos em sala pelos alunos, provas interessantes e bem elaboradas! Pra mim a diferença crucial é o número de alunos nas turmas (bom, talvez o fato de ter mudado pra matemática também tenha ajudado um pouco). Nas disciplinas da pós são no máximo 10 alunos, o que torna possível usar esse tipo de avaliação. O professor conhece bem os alunos, sabe se eles estão se esforçando ou não, pode conversar e discutir tópicos da disciplina com cada um deles. Como fazer uma avaliação decente se você tem três turmas com 60 alunos cada?


Eu já tentei dar lista de exercícios, mas foi uma péssima idéia! Depois eu fiquei com uma pilha gigantesca de papel em cima da minha mesa e era impossível corrigir tudo direito... Acabou virando ponto grátis, o que também não é bom pros alunos! Eu acho que seminários são sempre um bom método de avaliação. Mas com turmas tão grandes também é impossível! Aí acabei tendo que voltar ao antigo esquema de 3 provas valendo 33...


Pelo menos eu tento fazer provas interessantes, que cobram do aluno o que realmente é preciso saber sobre aquela matéria, sem ficar inventando moda pra ferrar o pessoal de graça. Quantas vezes isso não aconteceu durante a minha graduação... e o pior, quantos professores não são injustos com os alunos, dando notas boas àqueles com os quais eles "vão com a cara" e pegando pra Cristo outros coitados que se esforçaram tanto pra ir bem na matéria. Isso era muito claro em alguns casos... provas quase iguais com notas tão diferentes! Que coisa feia!

Com quantos anos a gente pode aposentar mesmo? Uns 60 né? Então eu tenho mais ou menos uns 40 anos pra experimentar novas alternativas. Quem sabe uma não funciona?


Aulas de cálculo

Depois do encontro presencial do curso de formação de professores do dia 01/10 fiquei pensando sobre métodos para inovar na sala de aula e incentivar os alunos a aprender com mais disposição. Isso aconteceu porque a aula foi muito boa e me fez ficar com vontade de estudar sobre o assunto, que era concepções do processo de ensino e aprendizagem. Eu fui pro encontro sem ler o texto (que vergonha!). Se o pessoal não tivesse bolado uma aula tão legal eu provavelmente sairia mais desinteressada que entrei, mas o formato do encontro despertou e muito minha curiosidade e eu sai de lá morrendo de vontade de ler mais sobre o assunto!

Desde então eu não consigo parar de pensar em como eu poderia fazer alguma coisa parecida com as minhas disciplinas! Será tão difícil inovar em uma aula de cálculo?
Eu gostaria muito de conseguir isso!

As aulas que vi durante o curso, mesmo aquelas ministradas pelos prefessores mais dedicados, seguem o mesmo modelo sempre, desde não sei quantos mil anos atrás!
Eu conheço um único professor que chegou à conclusão de que o modelo não é bom, mas resolveu o problema de uma forma meio radical demais. Ele fala em qual parte do livro está a matéria da próxima aula, cada um estuda em casa e vai na sala só pra tirar dúvidas e escutar as histórias dele! Eu concordo que isso é melhor do que ver o professor copiar o livro no quadro, mas está muito longe de ser o ideal!

Continuarei quebrando a cabeça em busca de um jeito inovador de fazer essas crianças entenderem cálculo... qualquer sugestão é benvinda! :-)