quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A torre

O post de hoje é sobre ela: a incrível e deslumbrante Torre Eiffel. A torre é feita de ferro e foi construída no século XIX. Está localizada no Champ de Mars, em Paris, e se tornou um ícone mundial da França e uma das estruturas mais reconhecidas no mundo. A Torre Eiffel, que é o edifício mais alto de Paris, é o monumento pago mais visitado do mundo, milhões de pessoas sobem à torre cada ano. Nomeada em homenagem ao seu projetista, o engenheiro Gustave Eiffel, foi construída como o arco de entrada da Exposição Universal de 1889. Para a Exposição mundial fez-se uma competição de design arquitetônico para o monumento. Mais de cem designs foram submetidos ao concurso e o comitê do Centenário escolheu o projeto de Eiffel. Com seus 324 metros de altura, possuía 7300 toneladas quando foi construída. Foi a estrutura mais alta do mundo desde a sua conclusão até 1930, quando perdeu o posto para o Chrysler Building, em Nova York, Estados Unidos. A torre tem três níveis para os visitantes. Os ingressos podem ser adquiridos nas escadas ou elevadores do primeiro e do segundo nível. A caminhada para o primeiro nível é superior a 300 degraus. O terceiro e mais alto nível só é acessível por elevador. Do primeiro andar vê-se a cidade inteira, tem sanitários e várias lojas e o segundo nível tem um restaurante. Eu não encarei as escadas, mas mesmo de elevador é preciso ter paciência. As filas não são nada agradáveis.
Além disso é bom ter cuidado com os seus pertences. Muitos carteiristas ficam de plantão lá em cima esperando algum lerdo chegar.
A torre tornou-se o símbolo mais proeminente de Paris e da França. A torre é uma parte do cenário caracterizado em dezenas de filmes que se passam em Paris. Seu estatuto de ícone é tão determinado que ainda serve como um símbolo para todo o país, como quando ela foi usada como o logotipo da candidatura francesa para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 1992. Quando o contrato de vinte anos do terreno da Exposição mundial (de 1889) expirou, em 1909, a Torre Eiffel quase foi demolida, o que só não aconteceu porque ela podia ser usada como uma antena de transmissão de rádio. Os últimos vinte metros da torre correspondem à antena de rádio que foi adicionada posteriormente. Ao todo, desde a abertura, a torre já recebeu um total de 244 000 000 de visitantes. Em 2011, teve 7,1 milhões de visitantes e a empresa que gere o monumento (Société d’exploitation de la Tour Eiffel – SETE) registrou um volume de negócios de mais de 73 milhões de euros. A torre vale muito a visita! A vista lá de cima é sensacional. Eu recomendo subir no final da tarde, porque você pode aproveitar a vista com a luz do dia e também a noite e entender porque Paris é chamada de cidade luz!
Algumas fotos da minha primeira ida à torre, em maio de 2013, com a companhia sensacional do meu amor.
A minha segunda visita a torre também foi sensacional. Tão sensacional que as vezes é difícil acreditar que eu tive tanta sorte. Foi no dia 14 de julho, quando a França comemora a queda da Bastilha. O dia termina com um incrível show de fogos de artifício na torre. As pessoas passam a tarde fazendo piquenique no Champ des Mars. Foi muito legal!
Algumas fotos da segunda visita, que fiz acompanhada dos meus queridos amigos Ju e Robson.
Fonte: Wikipedia.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Arco do Triunfo

O Arco do Triunfo é um monumento situado no centro da cidade de Paris. É ponto de partida (ou chegada) de manifestações e paradas militares, entre elas a que comemora a queda da Bastilha em 17 de julho, que será assunto de algum post futuro.

Sua construção foi iniciada em 1806, após a vitória do exército de Napoleão em Austerlitz,  em homenagem às conquistas do Primeiro Impéri Francês. A obra foi intenrrompida com a queda de Napoleão em 1815 e  foi finalizada apenas em 1836.





 O arco é composto de vários elementos arquitetônicos que fazem alusão a diversos símbolos e momentos da fase Napoleônica na França.





No chão, logo em frente ao arco, se encontra o Túmulo do Soldado Desconhecido. Esse tipo de monumentoé feito pelas nações para honrar os soldados que morreram em tempo de guerra sem que os seus corpos tenham sido identificados. Por vezes é um túmulo simbólico, evocando todos os habitantes de um país que morreram em determinado conflito sem identidade conhecida, embora alguns contenham os restos mortais de soldados falecidos durante esses acontecimentos. No caso da França, o túmulo contém as cinzas de um combatente francês morto durante conflitos da Primeira Guerra Mundial,  que estão ali desde 1920.




Para ter acesso ao arco você paga É possível subir no arco, mas a assessibilidade é terrível. Só é possível ir de escada e a subida não é lá muito agradável, mas não é o fim do mundo.



Na parte interna ficam expostas algumas esculturas e há também uma loja de lembrancinhas . Não tem como comprar água, o que foi bem deprimente.




 O arco é super legal, mas o que definitivamente é a parte mais sensacional do passeio é a vista da cidade que se tem lá de cima.


Sacre Couer vista do arco.



Champs Élysées vista do arco.











Paris

Paris é uma cidade sensacional e mais sensacionais ainda foram as duas viagens que eu fiz até lá esse ano, um pouco pela cidade e MUITO pelas companhias sensacionais que eu tive nas duas visitas.
A primeira, em maio, com o meu companheiro de todas as horas. A segunda, em julho com os meus queridos amigos Ju e Robson.
Eu e meu neandertal de estimação.

Eu, Ju e Robson no castelo de Versalles.

Paris é uma cidade sensacional porque é cheia de construções magníficas e impressionantes. Cada esquina tem uma coisa fantástica que a gente vê nos livros de história. No entanto, aquela imagem de que Paris é uma cidade chique cheia de gente granfina não procede. Fora da parte turística, a cidade é feia, o metrô é nojento e as pessoas são grossas e mal educadas. Acredite se quiser: uma viagem a Paris e você volta achando o brasileiro o povo mais educado e limpinho do mundo.

Falando em brasileiros, um ótimo lugar pra encontrá-los é Paris. Agora que o pessoal por aqui pode viajar, aparentemente Paris é um dos destinos mais procurados. Ainda não ganhamos dos orientais que
dominaram todas as atrações turísticas do mundo, mas estamos no caminho certo.

Aos poucos vou escrever sobre os lugares que a gente visitou em Paris. Tem muita coisa legal!

sábado, 23 de novembro de 2013

Universitat Autònoma de Barcelona

Vou começar essa série de postagens sobre meus meses de viagem pelo lugar onde passei a maior parte do tempo: a universidade. Prometo não voltar a falar de trabalho (com uma pequena exceção para falar de Benasque!).



A Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) é uma universidade pública localizada principalmente em Cerdonya del Vallés, próxima à cidade de Barcelona. Foi fundada em 1968 e o objetivo de sua criação era establecer quatro princípios de autonomia para a instituição: livre contratação de docentes, livre admissão de alunos, livre criação dos planos de estudo e livre administração de toda a universidade. 

As colunas da UAB, monumento da universidade.
 A UAB ocupa posição de destaque em diversos rankings internacionais. É a primeira universidade da Espanha no Ranking QS WUR2013/2014. Ocupa a posição 177 em nívem mundial  e a  79 a nível europeuJunto à UB e à UAM são as únicas universidades espanholas entre as 200 primeiras. 


Entre 2004 e 2005 a UAB começou uma série de projetos de reestruturação de suas Faculdades e escolas, para que pudesse se adequar ao modelo europeu de ensino superior. Entre 2005 e 2006 foram criadas a Faculdade de Ciências e a Faculdade de Biociências. A primeira engloba as áreas de Matemática, Estatística, Física, Química, Geologia e Ciências Ambientais.  A Faculdade de Ciências fica no prédio C, no campus de Bellaterra.                                                                                                                                                                     





Como eu morava em Barcelona, tinha que pegar a linha de trem da FGC (Ferrocarrils de la Generalitat de Catalunyaque ia até Sabadell  e parar em Bellaterra (S5 ou S55), uma viagem de mais ou menos meia hora. O prédio C ficava um pouco distante da estação de trem e era mais ou menos uns 20 minutos de caminhada. A vantagme era que  o caminho era muito agradável. 

Caminho até o prédio C.





Eu  visitei o grupo de Informação Quântica, ligado ao departamento de Física. O grupo todo é muito simpático e foi muito bom ter pessoas tão agradáveis por perto, especialmente pelo fato de que eu passei a maior parte do tempo sozinha. Devo um agradecimento especial à Mariona, que dividia sala comigo e foi sempre extremamente atenciosa, e também ao Elio e ao Ruben pela companhia e pelas desastrosas porém divertidíssimas partidas de volei.

Elio, Mariona e eu no parque da Garrotxa. Mais sobre esse passeio em algum post futuro!
Trabalhar na UAB era muito agradável. O campus é muito simpático, cheio de áreas verdes e espaços ao ar livre onde as pessoas almoçavam todos os dias ao estilo pequinique. O lugar ficava uma montanha de lixo depois, mas mesmo assim ainda era um lugar legal. A gente sai daqui achando que só brasileiro é porco, mas acredite: os espanhóis não são nada educados quanto o assunto é jogar o lixo no lixo.

Banquinhos onde os alunos almoçavam e passavam as horas ociosas do dia na universidade. No fim da tarde esse lugar era uma montanha de lixo.








A UAB era toda marcada pelo engajamento dos seus alunos em  questões políticas e sociais. Algumas delas contribuíam fortemente para enfeiurar o campus e dificultar a vida da gente (tipo caixas eletrônicos e partes da universidade  destruídos), mas o clima de insatisfação me fazia muito bem, especialmente em épocas de protesto pros lados de cá. Acredito que esse clima da UAB tenha contribuído fortemente para o surgimento da Revolutionary Bárbara.





Pichações na porta da Faculdade de Ciências.

O muro do estacionamento da Faculdade de Direito era sensacional. 




Outro bem legal também era esse na parte de trás do prédio da Faculdade de Ciências:



E as minha favorita, já que sem as mulheres não há revolução!



E essa parede linda na entrada do prédio C, em homengem ao dia da mulher trabalhadora.




Outra parte sensacional da universidade era o SAF (Servei d'activitat física). Lá com alguns poucos euros você podia praticar várias modalidades diferentes de esporte livremente, tudo bem equipado e com muitos horários disponívies. É sensacional.

A única parte realmente ruim da UAB era a comida. Era sofrível almoçar lá todos os dias. Talvez isso tenha contribuído para os 6 quilos que perdi na viagem.

Os dias na UAB eram muito tranquilos. Uma agradável viagem de trem pra começar a manhã, longas horas no prédio C, mais algumas horas de SAF e mais uma viagem de trem já no início da noite pra terminar o dia. E a bailarina estava sempre lá pra se despedir de mim na entrada da estação de trem!

                          

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

4 meses, um artigo, um início de tese e 8.000 fotos

Assim como todas as postagens desse humilde blog semi abandonado, as várias postagens que se seguirão a essas têm o único propósito de guardar memórias dessa reles pata camponesa que vos escreve.

O objetivo é fazer uma breve descrição dos lugares sensacionais que tive a oportunidade de visitar durante os meses que passei em Barcelona, pra que no futuro eu mesma possa lembrar de todos os passeios e rever as fotos mais legais. Talvez ao final dessa saga eu consiga organizar as mais de 8.000 fotos que tenho dessa viagem. Não há nenhum comprometimento com a ordem cronólogica, nem com nenhuma ordem de qualquer tipo. Na verdade não há comprometimento com nada de nada. No entanto, se alguém quiser perder alguns minutinhos do seu tempo lendo o que eu postar aqui, pode tirar ideias bacanas sobre onde passar suas próximas férias.

Para começar, vale lembrar que a viagem foi a trabalho! E eu trabalhei (e muito), ok! Para comprovar que estou falando a verdade, vocês podem ver que consegui escrever um artigo http://arxiv.org/abs/1306.6289, o que foi muito bom levando em consideração que eu tinha 0% feito quando saí daqui em abril (agora só falta a revista decidir se  aceitapelamordedeus ou não). De qualquer forma já diminuiu o desespero e aumentou o ânimo, pois agora há uma luz no fim do longo e sombrio túnel chamado doutorado. 

Obviamente eu não vou comentar muito sobre essa parte, já que se é difícil alguém se interessar por isso aqui, se eu for falar de trabalho aí é que ninguém vai ler mesmo.
O que eu quero contar aqui é a parte boa dos fins de semana que, com a excessão de apenas um deles (já que eu tinha que apresentar um seminário na segunda), passei perambulando pelas fantásticas cidades do velho mundo. 


Também pra provar que eu não só perambulei e mais ainda porque nerds são sempre muito previsíveis, o primeiro post será dedicado a Universitat Autónoma de Barcelona, onde trabalhei durante minha estadia em terras catalãs. Aguardem!




domingo, 5 de maio de 2013

Sobre as borrachas



Gostaria de começar esse texto relembrando minha opinião sobre professores maus, que pode ser vista aqui

Agora podemos começar o texto de hoje, que é uma homenagem especial aos meus queridos amigos professores da Universidade Federal de Ouro Preto. Especialmente àqueles conhecidos pelos alunos como "burraxa". Nossa, um termo tão carinhoso! Nunca alguém me tratou com tanto respeito! Não vou mencionar nomes, porque é muito feio falar mal das pessoas em rede nacional e também porque é totalmente desnecessário, uma vez que os alunos já falam mal abertamente de todos nós na rede mundial conhecida como Facebook.

Cara, tenho que confessar: você não quer ser o professor "burraxa". Talvez o fato de ser mulher também atrapalhe um pouco as coisas (vivemos numa sociedade machista? Não, imagina!). Sabe o cara legal, que te trata com educação, atencioso, bem intencionado? Alguns alunos simplesmente não conseguem ter um professor assim. Poque o cara ser legal é imediatamente transformado em "casa da mãe Joana". No início do semestre existe uma fila quilométrica de gente na porta da sua sala querendo matricular na sua turma "poque é o único horário que dá". Na verdade a maioria quer é moleza. Se você ficou com a fama de "burraxa",  meu amigo, já era. Atrai automaticamente todos os alunos da universidade que não estão interessados em estudar (estranho imaginar que existe esse tipo de gente na universidade, não é mesmo?). E no final do semestre tem outra fila de gente que acha que vai conseguir as coisas no grito. E aquela fila de pessoas que não fizeram absolutamente nada o semestre inteiro e que esperam  o milagre da multiplicação dos pontos. Quando eu era aluna idolatrava todos os professores gente boa que eu conhecia. Infelizmente eles não eram a maioria, mas eram os mais bem tratados e mais queridos dos alunos. Infelizmente, os professores legais da UFOP não recebem o mesmo tratamento. Na verdade, é o contrário. O desrespeito é tanto que parece piada. E todo ano os alunos se superam pra ver quem desrespeita mais no já tradicional leilão de professores que acontece na página da UFOP no facebook.

E aí, começamos a nos perguntar: Burraxa: ser ou não ser? Eis a questão... o problema é que cada professor recebe uma de apenas duas possíveis classificações: ou é "garrado", ou é "burraxa". Assim a classificação de cada um deles, em termos de suas qualidades didáticas, fica totalmente incompleta. E para aqueles que se esforçam em fazer seu trabalho direito, sem avacalhar a vida dos alunos, atendendo todos com educação e buscando sempre melhorar suas aulas e seu trabalho é um grande balde de água fria receber o tratamento destinado pelos alunos (em geral)  a um professor "burraxa". Duvido que qualquer professor "garrado" do ICEB tenha passado pelas situações de desrespeito que eu e outros professores "burraxa" passamos várias vezes.

Para concluir, quero deixar de lado a visão egoísta de "que mal pode o rótulo de "burraxa" faz ao próprio professor" e pensar grande. O que todo mundo não vê aqui é que por trás de toda essa discussão está o que a meu ver é o grande problema do país. As pessoas não fazem o seu trabalho com honestidade a não ser que elas sejam forçadas por alguém a fazer-lo. Muitos professores não dão boas aulas e não se preocupam com as consequências de seus atos (reprovações demais ou aprovações demais), simplesmente porque não existe um chefe que os force. Os alunos não estudam, porque ninguém os força. Se ser "garrado" significa ser mal e reprovar a galera pelo simples 
prazer de reprovar, ser "garrado" é ser corrupto.  Agora se ser "burraxa" significa passar todo mundo sem que esses se esforcem (e tenho certeza que esse é o uso do termo), ser "burraxa" é  ser corrupto. Quando aprovamos os alunos estamos assinando embaixo que eles sabem a matéria e que estão aptos a seguir em frente, concluir seu curso e sair por aí construindo prédios, operando as pessoas, ensinando nossos filhos. Temos que ser críticos com o que fazemos quando aprovamos um aluno. Ninguém tem noção de o quanto é grave aprovar um aluno que não sabe a matéria. Isso está por trás de muitos "desastres" que acontecem e que infelizmente continuarão acontecendo por aí. Então ser "burraxa" não só é ruim para o cara "burraxa" mas também para todas as outras pessoas do mundo, que confiaram a ele a tarefa de verificar se seus alunos estão aptos a exercer a profissão que escolheram e na qual ele falhou. 

Para mim, a melhor resposta para a pergunta fundamental da vida, do universo e tudo o mais é: Faça seu trabalho da melhor forma, dê boas aulas, trate seus alunos com atenção, aprove aqueles que fizeram por onde. Não seja "garrado", não seja "burraxa". A sociedade agradece.