segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A Disney

Quando eu pesquisei  sobre as atrações mais famosas de Paris e vi que lá tem um parque da Disney eu não pensei duas vezes: eu tenho que ir lá!

Eu aproveitei que eu e o Thales  estaríamos lá no dia do meu aniversário e decidi passar este dia especial no parque.
A Disneylândia de Paris não é  tão grande quanto a de Orlando, mas mesmo assim é  um lugar muito legal.
É  o destino mais visitado da Europa, com cerca de   visitantes por ano.
Em termos de parque de diversão a Disney é  muito legal. Tanto para os pequenos quanto para os grandes. Acho que o Thales achou que seria um dia chato, mas acabou  sendo muito divertido pros dois. O parque tem muitas montanhas russas legais. Pra mim a campeã é  a Rocking  Roller Coaster featuring  Aerosmith.


O que atrapalha BASTANTE a  diversão no parque é  a quantidade de pessoas. Entra  muito mais gente do que o parque comporta! As filas são  quilométricas e você pode esperar até 2 horas por um brinquedo que dura 20 segundos. Existe o Fast  Pass, uma entrada com hora marcada para a qual a fila é  muito menor. Só que até descobrimos isso... Além do fato de que vários brinquedos não tinham essa opção.


Além dos brinquedos, a outra opção do parque são os personagens da Disney espalhados pelo parque. Não conseguimos ver nem o Mickey nem a Minnie parque a concorrência tava pesada, mas conseguimos um aperto de mão do Buzz Ligth Year, que é  muito melhor. Ao infinito e além!


Agora vamos ao realmente ruim do parque: a comida é  TERRÍVEL. Muito ruim e muito cara, sem falar no tempo que você demora pra consegui-la. Fast food  americano da pior qualidade por 20 euros  e 40 minutos na fila. E a maçã  do amor mais cara de todos os tempos.

O objetivo do parque é  arrancar todo o seu dinheiro e ainda deixar você feliz com isso. Para cumprir esse objetivo, além da entrada e da comida muito caros, existem várias lojas espalhadas por todo o parque vendendo todo tipo de buginganga imaginável:  os típicos arquinhos de orelha de Minnie, mão  de Mickey, camisas, moletons, chaveiros, lápis  e canetas de todos os tipos, tênis, meia, galocha e coisas mais sofisticadas como porcelanas, jóias e sabres de luz. Tudo a um preço incrivelmente alto. E de qualidade ruim. E tudo lindo!!! Eu comprei uma boa quantidade de chaveiros e uma camisa do mestre Yoda  que brilha no  escuro.

Além da grande quantidade de lojas eles ainda têm  uma estratégia pra te fazer comprar ainda mais. O parque abre às  10 da manhã e a maioria das pessoas, inclusive nós, chega nesse horário. Às  10:30 da noite começa o espetáculo final, um show de luzes e fogos que ninguém quer perder. Mais ou menos às  9:00 da noite os brinquedos fecham e a única coisa que tem pra fazer no parque é  ir pras lojas. Eles são  muito espertos.
E ainda teve o problema da chuva... No meio do dia a chuva apertou e se você quisesse continuar aproveitando o parque podia comprar uma capa de chuva pelo modesto preço de 10 euros.
Como eu disse, a especialidade deles é  roubar o seu dinheiro e ainda te deixar muito feliz. O espetáculo final é  um ponto  importante da estratégia e é  realmente sensacional. É  um pequeno filme projetado nas paredes do castelo e paredes de água que se formam diante dele, acompanhando a projeção. Além dos fogos, é  claro.

Por causa desse show você sai do parque com uma incrível sensação de ter vivido um dia mágico. E esquece todas as filas, a comida ruim e a quantia absurda de dinheiro que você gastou.


E apesar de todos os pesares, foi um dia mágico e eu recomendo que quem tem vontade  de conhecer a Disney vá quando puder. Só é  importante preparar os bolsos e o autocontrole pra não comprar demais.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Sacré-Couer e Notre Dame

O post de hoje é dedicado às duas igrejas que visitei em Paris em minha primeira ida à cidade, na companhia do meu namorido Thales.

A basílica de Sacré-Couer (Sagrado Coração, fica no ponto mais alto de Paris, no bairro Monte Martre. A vista da cidade é muito bacana e já compensa a escadaria de 234 degraus. A grama e a escadaria na frente da basílica estão sempre cheios de gente, e são um ponto de descanso pra muitos turistas.

A ideia de construir um templo dedicado ao Sagrado Coração surgiu depois da guerra Franco-Prussiana (1870), como pagamento da promessa feita por Alexandre Legentil e Hubert Rohault de Fleury de erguer uma igreja caso a França sobrevivesse às investidas do exército alemão1 . O arquiteto Paul Abadie projetou a basílica depois de vencer um concurso com mais de 77 arquitetos, mas morreu em 1884, logo após o início da obra. Muitos elementos da basílica são baseados em temas nacionais: o pórtico, com três arcos, é adornado por duas estátuas de Santa Joana D'Arc e do Rei São Luís IX e o sino de dezenove toneladas (um dos mais pesados do mundo), refere-se à anexação de Saboia em 1860.

A construção começou em 1875 e foi concluída em 1914, embora a consagração da basílica tenha ocorrido apenas após o final da Primeira Guerra Mundial.



Notre Dame é uma das igrejas mais famosas do mundo (lembra do corcunda de Notre Dame?). Sua construção se iniciou no ano de 1163, e ela é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça Parvis, na pequena ilha Île de la Cité em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena. Na catedral existem quase duzentos vitrais, alguns entre os maiores construídos na História.

Os arredores do Rio Sena estão repletos de cadeados pregados às pontes. Casais do mundo inteiro que visitam a capital francesa selam seu amor ou as promessas de amor eterno com um cadeado. A chave é jogada no Rio Sena e o cadeado com os nomes gravados é pendurado em algumas dessas pontes. A tradição de anexar o cadeado na ponte tem feito amantes viajarem de todas as partes do mundo para a capital francesa para enfeitar o local, já recheado de cadeados, com mensagens de amor. Por conta da grande quantidade de visitas, o monumento se transformou em uma "atração turística" francesa e um problema para a prefeitura, pois a grande quantidade de cadeados danifica a estrutura das pontes.

Durante o espírito do romantismo, Victor Hugo escreveu, em 1831, o romance “Notre-Dame de Paris”, O Corcunda de Notre-Dame. Situando os acontecimentos na catedral durante a Idade Média, a história trata de Quasimodo que se apaixona por uma cigana de nome Esmeralda. A ilustração poética do monumento abre portas a uma nova vontade de conhecimento da arquitectura do passado e, principalmente, da Catedral de Notre-Dame de Paris.

Na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral, encontra-se no pavimento uma placa de bronze que representa o marco zero a partir do qual todas as distâncias das estradas nacionais francesas são calculadas.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A torre

O post de hoje é sobre ela: a incrível e deslumbrante Torre Eiffel. A torre é feita de ferro e foi construída no século XIX. Está localizada no Champ de Mars, em Paris, e se tornou um ícone mundial da França e uma das estruturas mais reconhecidas no mundo. A Torre Eiffel, que é o edifício mais alto de Paris, é o monumento pago mais visitado do mundo, milhões de pessoas sobem à torre cada ano. Nomeada em homenagem ao seu projetista, o engenheiro Gustave Eiffel, foi construída como o arco de entrada da Exposição Universal de 1889. Para a Exposição mundial fez-se uma competição de design arquitetônico para o monumento. Mais de cem designs foram submetidos ao concurso e o comitê do Centenário escolheu o projeto de Eiffel. Com seus 324 metros de altura, possuía 7300 toneladas quando foi construída. Foi a estrutura mais alta do mundo desde a sua conclusão até 1930, quando perdeu o posto para o Chrysler Building, em Nova York, Estados Unidos. A torre tem três níveis para os visitantes. Os ingressos podem ser adquiridos nas escadas ou elevadores do primeiro e do segundo nível. A caminhada para o primeiro nível é superior a 300 degraus. O terceiro e mais alto nível só é acessível por elevador. Do primeiro andar vê-se a cidade inteira, tem sanitários e várias lojas e o segundo nível tem um restaurante. Eu não encarei as escadas, mas mesmo de elevador é preciso ter paciência. As filas não são nada agradáveis.
Além disso é bom ter cuidado com os seus pertences. Muitos carteiristas ficam de plantão lá em cima esperando algum lerdo chegar.
A torre tornou-se o símbolo mais proeminente de Paris e da França. A torre é uma parte do cenário caracterizado em dezenas de filmes que se passam em Paris. Seu estatuto de ícone é tão determinado que ainda serve como um símbolo para todo o país, como quando ela foi usada como o logotipo da candidatura francesa para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 1992. Quando o contrato de vinte anos do terreno da Exposição mundial (de 1889) expirou, em 1909, a Torre Eiffel quase foi demolida, o que só não aconteceu porque ela podia ser usada como uma antena de transmissão de rádio. Os últimos vinte metros da torre correspondem à antena de rádio que foi adicionada posteriormente. Ao todo, desde a abertura, a torre já recebeu um total de 244 000 000 de visitantes. Em 2011, teve 7,1 milhões de visitantes e a empresa que gere o monumento (Société d’exploitation de la Tour Eiffel – SETE) registrou um volume de negócios de mais de 73 milhões de euros. A torre vale muito a visita! A vista lá de cima é sensacional. Eu recomendo subir no final da tarde, porque você pode aproveitar a vista com a luz do dia e também a noite e entender porque Paris é chamada de cidade luz!
Algumas fotos da minha primeira ida à torre, em maio de 2013, com a companhia sensacional do meu amor.
A minha segunda visita a torre também foi sensacional. Tão sensacional que as vezes é difícil acreditar que eu tive tanta sorte. Foi no dia 14 de julho, quando a França comemora a queda da Bastilha. O dia termina com um incrível show de fogos de artifício na torre. As pessoas passam a tarde fazendo piquenique no Champ des Mars. Foi muito legal!
Algumas fotos da segunda visita, que fiz acompanhada dos meus queridos amigos Ju e Robson.
Fonte: Wikipedia.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Arco do Triunfo

O Arco do Triunfo é um monumento situado no centro da cidade de Paris. É ponto de partida (ou chegada) de manifestações e paradas militares, entre elas a que comemora a queda da Bastilha em 17 de julho, que será assunto de algum post futuro.

Sua construção foi iniciada em 1806, após a vitória do exército de Napoleão em Austerlitz,  em homenagem às conquistas do Primeiro Impéri Francês. A obra foi intenrrompida com a queda de Napoleão em 1815 e  foi finalizada apenas em 1836.





 O arco é composto de vários elementos arquitetônicos que fazem alusão a diversos símbolos e momentos da fase Napoleônica na França.





No chão, logo em frente ao arco, se encontra o Túmulo do Soldado Desconhecido. Esse tipo de monumentoé feito pelas nações para honrar os soldados que morreram em tempo de guerra sem que os seus corpos tenham sido identificados. Por vezes é um túmulo simbólico, evocando todos os habitantes de um país que morreram em determinado conflito sem identidade conhecida, embora alguns contenham os restos mortais de soldados falecidos durante esses acontecimentos. No caso da França, o túmulo contém as cinzas de um combatente francês morto durante conflitos da Primeira Guerra Mundial,  que estão ali desde 1920.




Para ter acesso ao arco você paga É possível subir no arco, mas a assessibilidade é terrível. Só é possível ir de escada e a subida não é lá muito agradável, mas não é o fim do mundo.



Na parte interna ficam expostas algumas esculturas e há também uma loja de lembrancinhas . Não tem como comprar água, o que foi bem deprimente.




 O arco é super legal, mas o que definitivamente é a parte mais sensacional do passeio é a vista da cidade que se tem lá de cima.


Sacre Couer vista do arco.



Champs Élysées vista do arco.











Paris

Paris é uma cidade sensacional e mais sensacionais ainda foram as duas viagens que eu fiz até lá esse ano, um pouco pela cidade e MUITO pelas companhias sensacionais que eu tive nas duas visitas.
A primeira, em maio, com o meu companheiro de todas as horas. A segunda, em julho com os meus queridos amigos Ju e Robson.
Eu e meu neandertal de estimação.

Eu, Ju e Robson no castelo de Versalles.

Paris é uma cidade sensacional porque é cheia de construções magníficas e impressionantes. Cada esquina tem uma coisa fantástica que a gente vê nos livros de história. No entanto, aquela imagem de que Paris é uma cidade chique cheia de gente granfina não procede. Fora da parte turística, a cidade é feia, o metrô é nojento e as pessoas são grossas e mal educadas. Acredite se quiser: uma viagem a Paris e você volta achando o brasileiro o povo mais educado e limpinho do mundo.

Falando em brasileiros, um ótimo lugar pra encontrá-los é Paris. Agora que o pessoal por aqui pode viajar, aparentemente Paris é um dos destinos mais procurados. Ainda não ganhamos dos orientais que
dominaram todas as atrações turísticas do mundo, mas estamos no caminho certo.

Aos poucos vou escrever sobre os lugares que a gente visitou em Paris. Tem muita coisa legal!

sábado, 23 de novembro de 2013

Universitat Autònoma de Barcelona

Vou começar essa série de postagens sobre meus meses de viagem pelo lugar onde passei a maior parte do tempo: a universidade. Prometo não voltar a falar de trabalho (com uma pequena exceção para falar de Benasque!).



A Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) é uma universidade pública localizada principalmente em Cerdonya del Vallés, próxima à cidade de Barcelona. Foi fundada em 1968 e o objetivo de sua criação era establecer quatro princípios de autonomia para a instituição: livre contratação de docentes, livre admissão de alunos, livre criação dos planos de estudo e livre administração de toda a universidade. 

As colunas da UAB, monumento da universidade.
 A UAB ocupa posição de destaque em diversos rankings internacionais. É a primeira universidade da Espanha no Ranking QS WUR2013/2014. Ocupa a posição 177 em nívem mundial  e a  79 a nível europeuJunto à UB e à UAM são as únicas universidades espanholas entre as 200 primeiras. 


Entre 2004 e 2005 a UAB começou uma série de projetos de reestruturação de suas Faculdades e escolas, para que pudesse se adequar ao modelo europeu de ensino superior. Entre 2005 e 2006 foram criadas a Faculdade de Ciências e a Faculdade de Biociências. A primeira engloba as áreas de Matemática, Estatística, Física, Química, Geologia e Ciências Ambientais.  A Faculdade de Ciências fica no prédio C, no campus de Bellaterra.                                                                                                                                                                     





Como eu morava em Barcelona, tinha que pegar a linha de trem da FGC (Ferrocarrils de la Generalitat de Catalunyaque ia até Sabadell  e parar em Bellaterra (S5 ou S55), uma viagem de mais ou menos meia hora. O prédio C ficava um pouco distante da estação de trem e era mais ou menos uns 20 minutos de caminhada. A vantagme era que  o caminho era muito agradável. 

Caminho até o prédio C.





Eu  visitei o grupo de Informação Quântica, ligado ao departamento de Física. O grupo todo é muito simpático e foi muito bom ter pessoas tão agradáveis por perto, especialmente pelo fato de que eu passei a maior parte do tempo sozinha. Devo um agradecimento especial à Mariona, que dividia sala comigo e foi sempre extremamente atenciosa, e também ao Elio e ao Ruben pela companhia e pelas desastrosas porém divertidíssimas partidas de volei.

Elio, Mariona e eu no parque da Garrotxa. Mais sobre esse passeio em algum post futuro!
Trabalhar na UAB era muito agradável. O campus é muito simpático, cheio de áreas verdes e espaços ao ar livre onde as pessoas almoçavam todos os dias ao estilo pequinique. O lugar ficava uma montanha de lixo depois, mas mesmo assim ainda era um lugar legal. A gente sai daqui achando que só brasileiro é porco, mas acredite: os espanhóis não são nada educados quanto o assunto é jogar o lixo no lixo.

Banquinhos onde os alunos almoçavam e passavam as horas ociosas do dia na universidade. No fim da tarde esse lugar era uma montanha de lixo.








A UAB era toda marcada pelo engajamento dos seus alunos em  questões políticas e sociais. Algumas delas contribuíam fortemente para enfeiurar o campus e dificultar a vida da gente (tipo caixas eletrônicos e partes da universidade  destruídos), mas o clima de insatisfação me fazia muito bem, especialmente em épocas de protesto pros lados de cá. Acredito que esse clima da UAB tenha contribuído fortemente para o surgimento da Revolutionary Bárbara.





Pichações na porta da Faculdade de Ciências.

O muro do estacionamento da Faculdade de Direito era sensacional. 




Outro bem legal também era esse na parte de trás do prédio da Faculdade de Ciências:



E as minha favorita, já que sem as mulheres não há revolução!



E essa parede linda na entrada do prédio C, em homengem ao dia da mulher trabalhadora.




Outra parte sensacional da universidade era o SAF (Servei d'activitat física). Lá com alguns poucos euros você podia praticar várias modalidades diferentes de esporte livremente, tudo bem equipado e com muitos horários disponívies. É sensacional.

A única parte realmente ruim da UAB era a comida. Era sofrível almoçar lá todos os dias. Talvez isso tenha contribuído para os 6 quilos que perdi na viagem.

Os dias na UAB eram muito tranquilos. Uma agradável viagem de trem pra começar a manhã, longas horas no prédio C, mais algumas horas de SAF e mais uma viagem de trem já no início da noite pra terminar o dia. E a bailarina estava sempre lá pra se despedir de mim na entrada da estação de trem!